Os arqueólogos investigam as sociedades do passado a partir do estudo sistemático dos seus vestígios materiais e utilizando metodologias próprias, com o objectivo de conhecer os seus modos de vida e os seus percursos históricos. No caso das sociedades extintas sem escrita, este tipo de investigação é o único possível.
A recolha da informação não implica necessariamente a realização de escavações arqueológicas, podendo ser conseguida apenas com o recurso a inventários de superfície ou ao estudo de colecções conservadas em museus. No entanto, a maior parte da investigação arqueológica socorre-se da intervenção directa no solo, já que nem sempre é possível a aquisição de dados suficientemente relevantes sem a realização de escavações.
Um outro campo de actuação dos arqueólogos é a chamada arqueologia de salvamento ou arqueologia de emergência: o inevitável desenvolvimento das sociedades actuais, acompanhado da expansão e reformulação das áreas urbanas, da abertura de novas vias de comunicação, da criação de novas e cada vez maiores infra-estruturas, provoca uma pressão adicional sobre o património arqueológico, exigindo profundas alterações legislativas e a criação de mecanismos que permitam uma célere actuação por parte de equipas especializadas e o salvamento do máximo de informação possível, quando não dos próprios vestígios, A minimização dos impactes derivados da realização de obras públicas ou privadas de grande amplitude implicou a integração de arqueólogos nas equipas que elaboram os estudos de viabilidade e de impacto ambiental, cumprindo as normas europeias que regulam a protecção patrimonial e ambiental.
Formação e Evolução na Carreira
Ingresso: 12º Ano
Grau: Licenciatura em Arqueologia, Arqueologia e História ou História, variante Arqueologia
Emprego
No sector público, os organismos que empregam estes profissionais são:
· Serviços centrais da administração pública, como:
― Instituto Português de Arqueologia (IPA);
― Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico (IPPAR);
― Instituto para a Conservação da Natureza (ICN);
― Instituto Português de Museus (IPM);
· Instituições de ensino superior;
· Centros de investigação associados às universidades ou a outros organismos públicos.
Ainda no sector público, a tendência actual é para que sejam as autarquias a empregar maior número de arqueólogos, porque as autarquias têm um papel decisivo na conservação do património e na detecção de eventuais estações arqueológicas, dada a sua posição estratégica local. Por outro lado, o trabalho nas autarquias permite que os arqueólogos tenham uma maior proximidade com as populações e, por isso, possam ter um conhecimento mais imediato sobre uma eventual descoberta, o que possibilita uma actuação mais rápida, caso disponham dos meios necessários. Neste contexto particular, a actividade dos arqueólogos pode ser desenvolvida em diversos campos: realizando escavações arqueológicas importantes para o estudo da história local, acompanhando obras de construção civil em zonas de potencial arqueológico, apoiando a realização de exposições e colóquios, a criação de museus e/ou parques arqueológicos, ou ainda colaborando em campanhas de sensibilização. Neste último caso, podem trabalhar, nomeadamente, junto das escolas, com o intuito de sensibilizar os jovens para os problemas relacionados com a conservação do património.
No sector privado, existe alguma procura pontual de arqueólogos, em regime de trabalho liberal, por parte de:
· Empresas de engenharia ambiental;
· Empresas de consultadoria;
· Empresas de construção civil e obras públicas.
Condições de Trabalho
No sector público ou em empresas privadas de arqueologia, como trabalhadores por conta de outrem, os arqueólogos cumprem uma carga horária semanal habitual de 35 horas. No entanto, é comum usufruírem de uma certa flexibilidade de horário, nomeadamente quando estão a desenvolver trabalho de campo, altura em que podem ter de trabalhar mesmo durante a noite, sobretudo no acompanhamento de obras que decorrem por turnos, como foi o caso do Metropolitano de Lisboa.
Dado que a maioria dos arqueólogos trabalha hoje em dia no sector privado, a situação laboral mais frequente é a de profissional liberal, com cargas horárias variáveis e flexíveis, consoante o tipo de trabalho a desenvolver.
Perspectivas
Assiste-se, actualmente, a uma crescente preocupação pela protecção e conservação do património, pelo que a arqueologia deixou de ser apenas assunto de alguns para se tornar numa preocupação geral da sociedade. Exemplo disso é a crescente oferta de trabalho na área da arqueologia preventiva e de emergência, associada a empreendimentos de construção pública e privada, ou o trabalho desenvolvido por algumas autarquias.
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